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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Pensamento do dia

Se a dimensão da Terra depende do meio de transporte utilizado,
de Moto terá o tamanho ideal.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

De moto é...

De moto é:

mais frio
mais calor
mais molhado
mais ventoso
mais desconfortável
mais perigoso
mais desafiante
mais divertido
mais livre
mais espacial
mais romântico
mais bem cheiroso
mais mal cheiroso
mais invejável
mais enigmático
mais atraente
mais versátil
mais maldito
mais bendito

Só vantagens. Tudo mais... :))



sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Vendo a nossa Vespa 125 LX


É de Maio 2011, tem 3200 kms e está como nova. 2.900 aérius. Pode circular nas AE e ser conduzida por pessoas apenas com carta de carro.

Mais fotos 

sábado, 25 de agosto de 2012

Queda de água em Cabreia


Cabreia fica situada junto a Silva Escura, uma localidade perto da estrada Vale de Cambra - Sever do Vouga

Mais fotos aqui


domingo, 1 de julho de 2012

De moto a Andorra em 1984

1º Dia Anadia - Valladolid

Em Agosto de 1984 (parece que foi ontem), decidi acompanhar um grande amigo de Anadia, em plenas férias do serviço militar de ambos, a Andorra em moto.
Este amigo tem um stand de motos e queria ir a Andorra, para além do passeio, para procurar peças para restaurar uma, já neo-clássica na altura, Suzuki GT 250.
Como ele tinha aptidões mecânicas o plano era simples: Comprava as peças muito mais baratas, montava-as lá e vinha com a moto já restaurada de mecânica.
Fui dormir a casa dele para que saíssemos cedo. Como fomos para os copos nessa noite, acordar cedo, foi mentira. Acordámos às 10horas e ele na 250 e eu na minha saudosa Suzuki ER 125 Azul arrancámos virados a Andorra. A coisa prometia.



Como não havia qualquer IP nem Auto-estradas lá seguimos pelo Luso, Santa Comba, Viseu, Mangualde, Celorico da Beira, Porto da Carne, Guarda, Vilar Formoso e Ciudad Rodrigo onde comemos as duas rações de combate que trouxéramos da "guerra". Estava um calor infernal. Decidimos mais à frente poupar as nossas montadas que, por serem arrefecidas a ar aqueciam bastante e, a partir daí, rolar quando estivesse mais fresco. Parámos para refrescar e descansar em frente a uma “quinta” com uns cedros sombrios e muros altos em pedra. Ali também estava parado um pequeno camião, transformado em auto-caravana com um contentor/escritório (vêem-se agora à porta dos prédios em construção), que não pegava. Solicitados, puxamos pela nossa solidariedade motard e toca a empurrar. Por isso fomos presenteados com uma deliciosa melancia pelo simpático casal espanhol. Enquanto empurrávamos passamos pela porta da “quinta” que afinal se revelou um cemitério pelo que comemos a melancia e ala para Valladolid onde dormiríamos. Longe vá o agoiro.
Chegamos tarde ao parque de campismo pagamos 600 pesetas para dormir umas horas. Montada a tenda, quase meia-noite, ao fundo as mochilas, capacetes em cima. Por volta das cinco da manhã o capacete do meu amigo aterra-lhe em cima da cabeça. Susto do caraças. Acordados, decidimos sair pela fresca.
Segundo dia Valladolid - Lerida

Ainda de noite, lembro-me de termos tido que parar à saída de Peñafiel (vi agora no mapa que seria este o nome, pelo trajecto que fizemos) para limparmos as viseiras de uma nuvem de mosquitos que acabáramos de “atropelar” numa zona de contentores de lixo. O pequeno-almoço foi em Aranda de Duero numa estação de serviço. Ao balcão, o empregado do cafezito aproximou-se e ficou à espera que pedíssemos. Não me apercebi. Zonzo de sono e absorto nos meus pensamentos (em português), olhava atentamente para o escaparate dos bolos quando o cotovelo do meu companheiro de viagem me chamou à terra e eu pedi:
-Uma meia de leite e um bolo “daqueles” por favor, apontando, ao que o empregado disparou com má cara: “Que quiere usted?” Lá tive que reformular o pedido em Portanhol.


Quando o calor já era suportável rolávamos duas horas e parávamos uma para arrefecer as motos. Nas horas de maior calor parávamos. Eu tinha o “rabo” como os bebés quando andam muito tempo com a fralda molhada e os lábios em sangue de tão secos. Chegámos a Zaragoza e um relógio com termómetro, numa rotunda, marcava 19h30m e 37ºC. Estranhamente, a minha Suzuki, afinada para gasolina normal de 85 octanas, (ainda se lembram ou sou eu que já sou muito cota?) não passava dos 100 kms/h com a 95 octanas espanhola, quando aqui dava 115-120 kms/h. O meu companheiro de viagem decidiu então aumentar-lhe o débito do auto-lube para compensar a falta do chumbo que a 95 tinha. Como o “tusto” era pouco nunca entrávamos em auto-estradas. Entretanto procurávamos o melhor caminho para atravessar Zaragoza saindo na nacional, enquanto tudo nos apontava a auto-estrada. Após duas tentativas falhadas parei junto de uma berma bem funda provocada pelas sucessivas camadas de alcatrão sobrepostas e lá, enquanto discutíamos a estratégia para sairmos dali, deixei que a moto se inclinasse para o lado fundo e fui ao chão com a moto. O meu camarada já se estava a passar e eu para desanuviar o clima atirei: Oh pá, deixa coisar o cão que a cadela não é nossa.


Chegamos a Lérida já bem tarde e dormimos numa esteira ao relento nas traseiras de uma estação de serviço para poupar no parque.


Terceiro dia Lérida – Andorra La Vella


Esta parte da viagem é de facto um sonho. As paisagens são deslumbrantes, contrastando com a palha amarela de quase toda a viagem até ali. Chegámos a Andorra por volta da hora do almoço.


Numa farmácia, recomendaram-me um baton factor oito, tal era o estado dos meus lábios. Fomos às compras: dois capacetes um saco de depósito, umas Adidas, a encomenda de uma calculadora científica para outro amigo e os acessórios para a moto do meu amigo. Para grande desilusão dele só havia duas peças para a GT por serem iguais às da 500cc pois o modelo 250cc não fora comercializado em Andorra. Lembro-me que uma das peças era a bicha do velocímetro. Dormimos duas noites em Andorra.


Em Andorra eu andava boquiaberto com as máquinas de duas rodas que em Portugal não se viam. Umas Yamaha´s XJ 1200 acabadas de lançar no mercado, num stand, deixaram-me pasmado. Porque precisaria alguém de tanta cilindrada numa moto?
Outro veículo que me deixou estupefacto foi uma scooter de três rodas (as duas atrás móveis) igual à daquele Securitas da Marina de Vilamoura.
No parque havia algumas motos. Tínhamos um “casal vizinho” francês que viajava numa Goldwing 1000cc dourada, atracada a um side-car BMW preto, do pós-guerra, que parecia a quilha de um barco. Nele viajavam os dois filhitos quase da mesma idade enquanto a mulher ia à pendura. Além capacete tipo jet, eu tinha comprado uma viseira nova para o meu AGV pelo que pus a velha em cima daquilo que me pareceu um saco do lixo encostado a um socalco. Quando o francês chegou da cidade reparei que colava, visivelmente satisfeito, com fita-cola larga a minha velha viseira a um dos capacetes abertos dos miúdos. Afinal o “saco do lixo” revelava-se a despensa do francês, à sombra do morro, que achou fantástico eu ter-me lembrado de lhe oferecer a viseira usada. Achou mais espantoso ainda termos ido numa 125 de tão longe quando descobriu que aquelas matrículas estranhas eram portuguesas. Segundo ele uma aventura comparável a um Paris-Dakar.

Regresso: Andorra – Madrid

Como o meu amigo tinha uns primos a morar em Lisboa, decidimos regressar passando por lá. Saímos de Andorra e volvidos meia dúzia de kms o meu Jet branquinho, novinho em folha, desenvencilhou-se da aranha que o aprisionava e toca às cambalhotas atrás da moto. Diagnóstico, arranhões profundos e um apoio da pala partido. Nunca mais foi o mesmo. Foi um dos primeiros Jet que vi em Portugal.


Chegámos a Madrid ao fim da tarde e aconteceu um episódio que podia ter tido consequências graves. Numa via de quatro faixas com arbustos no separador central mas que tinha cruzamentos com semáforos o meu companheiro de viagem que seguia cerca de 50 metros à minha frente “queimou” um vermelho. Eu achei que já seria arriscar demais passar também e travei para parar. Um camião articulado que me precedia tinha, pelos vistos, ideias de passar o vermelho. Ainda tenho na memória o urro dos pneus do camião atrás de mim. Olhei para o retrovisor e já só vi uma mancha vermelha, a preenchê-lo, era a cabine. Inclinei-me todo para a direita, para a berma, e o camião passou por mim com a galera vazia meia atravessada, envolta em fumo de pneu e com a esquina a meio metro de mim. Acabei por passar o vermelho, amarelo como a cera, com a moto numa mudança demasiado alta, aos soluços e o ajudante do camionista a insultar-me do piorio de fora da janela. Foi por muito pouco.
Decidimos contornar Madrid pela circular exterior. Depois daquele susto, circular a 100 km/h com carros pelos dois lados a mais de 150 km/h era para mim arrepiante. Lá passamos por baixo da bancada do Santiago Barnabéu, onde, nesse dia, jogava o Sporting contra o Real.
Anoiteceu. Depois de uns bocadillos de jámon e a cerveza da praxe achámos que seria bom aproveitar o fresco da noite para viajar menos preocupados com a saúde das nossas montadas. Deixáramos Madrid havia cerca de 30kms quando começou a chover. Mais difícil dormir na Estalagem Estrela ou no Hotel Valeta nestas condições. Parámos numa estação de serviço que, por sorte, tinha um resguardo em chapa para fazer sombra a carros. Pareceu-nos 5 estrelas para pernoitar ao abrigo da chuva. No meio de uns carros, uma moto de cada lado e esteira ao centro. Deitados, começámos a receber uns salpicos na cara. Como não tínhamos nenhuma goteira por cima de nós aquilo parecia estranho. Tratava-se afinal de uma pinga que batia no tejadilho de um dos carros mais acima, passava por cima de outro e ainda sobrava para nós. Toca a mudar de sítio. Já devidamente instalados tivemos ainda que fazer um rego na terra com as botas para desviar uma água que teimava em incomodar-nos. Lembro-me, a meio da noite, de acordar, olhar para a estrada que ficaria a uns 15 - 20m e de estar um Guardia Civil, fora da sua moto, a olhar fixamente para nós. Virei-me para o outro lado. Não nos importunou.
Tomámos o pequeno-almoço nessa estação de serviço e seguimos para Lisboa.
Apesar da chuva no dia anterior o calor era imenso durante o dia. Distraí-me com a gasolina e tive uma pane seca. A minha moto, apesar de só gastar 4 l/100 tinha o depósito pequeno e fazia, no máximo, 180kms. Vimo-nos no meio do nada sem nenhum recipiente com que pudéssemos fazer a trasfega de um depósito para outro do precioso líquido. Depois de muito vasculhar nas redondezas lá arranjámos um copo de iogurte ou coisa do género que deu para desenrascar. Mais à frente, dei conta que o meu depósito de óleo estava practicamente vazio pois já nem aparecia no visor. Não encontrámos na bomba seguinte o Shell Two Stroke, o óleo vermelho recomendado exclusivamente pela Suzuki. Só havia uma marca qualquer espanhola (mineral e de cor verde) e óleo sintético a cerca de 1000 Pts o litro. Dada a magreza do meu Pré militar (3.000$00/mês) lá teve a Suzuki que beber verde.


Chegámos à fronteira do meio para o fim da tarde. Lembro-vos que ainda havia fronteiras policiadas, que era preciso passaporte, tudo pagava direitos, impostos, etc. Conscientes destes excessos de zelo eu trazia as sapatilhas novas calçadas, o capacete novo na cabeça e a máquina de calcular que tinha sido bem “marralhada” em Andorra entre o depósito e o suporte do saco, num enchimento em espuma para suprir a falta de tamanho do depósito.
Foi uma tourada. O guarda fronteiriço deve ter-nos achado muito suspeitos. Dois gajos novos, de moto, a barba por fazer, os cabelos a precisarem de mudar o óleo e as calças de ganga com seis dias de uso intensivo também não abonavam em nada a nosso favor. Começaram as perguntas:
Têm alguma coisa a declarar? Não tínhamos. Os capacetes suplentes eram para as gajas? Ora abram lá as essas mochilas. Tirou tudo o que lá havia e que não passava de roupa suja a tresandar. Como não encontrou nenhuma substância ilegal, que parecia apostar que nós trazíamos, deixou-nos seguir.
Chegámos a Lisboa por volta da meia-noite e os primos dele ainda não tinham chegado. Como o meu amigo dormia lá muitas vezes por estar lá na marinha, tinha chave. Abrimos o sofá cama da sala e está a xonar. Eu estava tão esgotado que os primos chegaram às 3 da manhã e eu ainda tinha a mão no interruptor do candeeiro que desligara três horas antes.
Amigos, esta foi de facto uma viagem inesquecível e daquelas vivências que darão muito gozo contar aos netos mesmo correndo o risco de dar maus exemplos.
A esta distância algumas das circunstâncias e peripécias desta viagem podem parecer-nos inadmissíveis como: a ausência de planeamento, de equipamento adequado, de cuidado, de dinheiro, os insuficientes cuidados de higiene etc. Mas tudo isto tem que ser explicado à luz do seguinte contexto: tínhamos 22 anos de idade, eu ex escuteiro e com muitas noites ao relento, ambos no cumprimento do serviço militar onde eram rainhas as manobras e semanas de campo e nove anos após a revolução de Abril numa época em que, Portugal não vivia grandes luxos. Espero tenham conseguido viver um pouco esta nossa viagem. Destas velhas não há mais. Estive cerca de quinze anos sem moto... :stupid: 
Até sempre.

sábado, 30 de junho de 2012

Férias em moto 1983

Férias em Forvel 125 1983

Na segunda quinzena de Agosto de 1983 eu e o meu amigo João decidimos fazer umas férias de moto até um destino que preenchia o nosso imaginário, São Pedro de Moel. Como ele tinha uma “pequena” Casal de 2v decidimos ir ambos na minha “enorme” Forvel 125 com motor Hodaka a 2 tempos. Eu na altura ainda fumava e deu-me para comprar este charuto. A moto tinha custado 80 contos nova (400 euros para os mais novos) e era feia q.b. Eu tirei-lhe logo uns autocolantes que trazia e, quando juntei mais algum dinheiro, pintei os guarda-lamas à cor e lá ficou mais apresentávelzita. Tinha vontade própria e sabia que eu não morria de amores por ela e que só a comprara porque a guita não dava para mais. Então, ressentida, pregava-me umas partidas. Ora aproveitando aselhice ou distracção minha, ora por ter pneus de “plástico”, ou por lhe ter posto um descanso lateral soldado ao quadro e que engatava nas guias, a descer passeios, ou por ter problemas de embraiagem, enfim…volta e meia, mandava-me ao soalho. Eu comparava-a a um cavalo manhoso, chateava-se e aqui vai. O problema com a embraiagem era este: Ao fazer ponto de embraiagem ela patinava e agarrava logo de seguida, como quem faz kits, mas só e quando lhe dava na veneta. Acho que lhe dava um certo gozo pôr-me a apanhar bonés: patinava, esperava que o motor subisse de regime e agarrava, voltava a patinar e voltava a agarrar. Estão a ver a cena, a roda da frente com vontade própria, aos saltos. Isto acontecia em qualquer altura mas mais quando o motor estava bem quente. Uma vez, a sair do Liceu de Gaia onde estudava à noite, quis armar aos cucos com um arranque à Fangio, ela fez a “habilidadezinha” dela. Grande cavalada sem eu contar, desviou-se da trajectória e só parei nas grades do liceu para gáudio de todos (e todas) os que assistiam…

Bem… no dia combinado lá fui ter a casa do João para amarrarmos as trouxas e partir para férias. Quando a moto estava já prontinha começou a chover para benzer a viagem, pelo que decidimos arrancar apenas quando parasse. Primeiro porque não tínhamos morto ninguém, segundo porque não tínhamos ninguém à espera, terceiro porque simplesmente não tínhamos fatos de chuva. Além disso fato de chuva era coisa de velhote ou de cócó, que eu me recusava a usar. Choveu toda a manhã e toda a santa manhã esperámos. Lá arrancámos após o almoço. Fomos pela estrada nacional 1, não para fugir às portagens mas, porque aquilo que veio a ser conhecida por A1 começava no Porto acabava nos Carvalhos de onde nós saímos. O resto estava ainda em construção.
À saída da Branca, apanhámos um susto tremendo. De repente ouve-se aquilo que parecia um estouro porque o silenciador do escape tinha saído disparado. Era um escape horrível, cromado, a fazer lembrar os antigos “rabo de peixe” mas a alargar para a extremidade e bojudo. Sem a panela silenciadora transformava-se num megafone. A moto ao ralenti parecia uma metralhadora pesada a disparar. Parámos. A panela jazia uns 30 metros antes e foi fácil de localizar mas a “porca da fêmea” que ao soltar-se, dera o sinal de partida ao silenciador, deu-nos uma tanga... Quando eu já estava a começar a flipar lá apareceu.


(Reparem na qualidade do top case e do saco depósito feitos à medida para este modelo).


No devido lugar, continuamos até Leiria onde parámos para um cigarro e retomámos o resto da viagem


(reparem nos veículos que me rodeavam ainda muito actuais na altura)

pela Marinha Grande até São Pedro de Moel. Instalámo-nos no parque de campismo.


Como tínhamos sido escuteiros, tínhamos aprendido, à custa de alguns petiscos intragáveis e muita ráfia a confeccionar as nossas próprias refeições.


Para nossa admiração, S. Pedro de Moel, à noite, era uma pasmaceira e por isso a meio do dia seguinte decidimos ir para a Nazaré e ficar no Orbitur. Chegámos do meio para o fim da tarde. Fizemos o check in e lá fomos devagarinho na moto à procura de uma zona que tivesse miúdasdebaixo do olhar atento de alguns estrangeiros. Tudo malta nova. Fui lá abaixo dar a volta e toca a fazer ponto de embraiagem para subir. A moto lá devia estar cansada ou o que foi e brindou toda a plateia com uns pinotes da roda a frente. Boa disposição geral e bom tema de conversa porque ninguém estava a perceber porque raio estava eu a fazer aquelas piruetas. Deixei a moto lá quietinha, tirámos a bagagem, montámos a tenda e fui buscá-la mais tarde quando estava mais “calma”.


O parque tinha pouca gente e na zona onde decidimos ficar estavam quatro francesas e um motard belga que era barman e viajava pela Europa numa Honda CB 400 dourada. Malta impecável.



(A aprender a comer tremoços...)


Passámos uma semana muito divertida. No regresso, perto de Pombal, fomos alcançados pelo belga que seguia também em direcção ao Norte. Parámos para tomar um café e como ele não tinha destino obrigatório ficou decidido que então ficaria em minha casa dois dias antes de seguir para a Bélgica.
A sua moto tinha a grade traseira partida, e um aloquete em U inutilizado por ter perdido a chave. Levei-o a um mecânico amigo que lhe soldou a grade por tuta-e-meia e fui com ele à rua dos Caldeireiros, ao Porto, para que, com uma chave mestra, lhe fosse feita uma nova chave para o cadeado. Achou tudo baratíssimo.
Como era barman, demos-lhe a provar bagaço de vinho verde caseiro. As aguardentes do centro da Europa embora tenham um cheiro intenso têm um paladar suave enquanto que o bagaço, especialmente o de vinho verde, dissimula, por detrás daquele cheirinho adocicado, toda a pólvora que contém. Le Belge, como lhe chamávamos pois nunca soubemos o seu nome, meteu o seu nariz de expert no balão e acenou com a cabeça num misto de surpresa e aprovação. Então, sorveu um gole demasiado grande e pensávamos que morria. Quando os vapores do bagaço lhe chegaram à goela desatou a tossir, ficou transfigurado, os olhos raiados de sangue e banhados em lágrimas, sem conseguir falar e quando o conseguiu fazer disse: “Ça c’est fort, ahn?” com voz de falsete. Baptizou a bebida com o nome de Hot Stuff e como fazia questão de comprar algum, e daquele não havia à venda, uma amiga minha ofereceu-lhe uma garrafa para levar para a Bélgica. Estava morto por praxar os amigos. No dia seguinte Le Belge, depois de quase de 2 horas para conseguir pôr a moto a trabalhar lá partiu com o seu Hot Stuff. Passados 10 dias acabaram-se as minhas férias e entrei para o serviço militar...




quinta-feira, 8 de março de 2012

domingo, 4 de março de 2012

sexta-feira, 2 de março de 2012

quinta-feira, 1 de março de 2012

Cursos off road para motos no Algarve

                                                      Autódromo Internacional do Algarve

                                       http://racingschool.autodromodoalgarve.com/page14.html

Revista espanhola de motos on line

                                                           
                                                           http://www.enmoto.es/


                                       Revista motard on line

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Boas prácticas de condução em grupo

Condução em escada 
No caso das rectas aconselha-se a condução em escada. Ou seja, na mesma via, uma moto do lado esquerdo, outra no direito, depois novamente uma à esquerda e outra à direita e por aí em diante. O líder do grupo deve estar à esquerda para visualizar melhor a frente e a retaguarda. Nas travagens bruscas e urgentes, cada um deve manter-se no seu lado para permitir maior margem de manobra.








Se a estrada for estreita deve passar-se a fila única



Estes os sinais do lider, a respeitar

Boas viagens

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Caros amigos, este vosso blog vai estar de quarentena durante grande parte do próximo fim-de-semana uma vez que o seu mentor vai hibernar para aqui:



terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Rails que também protejam os motociclistas por favor

Imagine o caro leitor que as autoridades rodoviárias tinham decidido colocar rails nas estradas na sequência de vários camiões terem passado o separador central das AE, provocando grandes acidentes e os colocava a 1,5 metros de altura para fazerem face à envergadura dos camiões, portanto à altura da sua cabeça quando conduz o seu automóvel. Ao amigo automobilista, se se despistasse, entrar-lhe-ia o rail pelo pára-brisas dentro ou poderia cortar o carro ao meio ao embater contra um dos prumos que os seguram. Agora a realidade é que os rails foram colocados a pensar apenas nos automóveis e apenas na segurança dos automobilistas, tendo os responsáveis pela segurança esquecido os motociclistas. O que pode acontecer a um motociclista quando cai numa auto-estrada é ter um encontro imediato de um desses prumos e morrer cortado ao meio, decapitado ou "apenas" ter um membro amputado. Esses prumo a uma velocidade mediana já significam autênticas lâminas para um ser humano. Pense nisto e se estiver de acordo partilhe por favor, para que mais nenhuma decisão rodoviária esqueça os motociclistas. A grande maioria até são bons rapazes e raparigas.
Obrigado

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Petição pública para que as motos sejam classe 5

Sempre achei correcto que os veículos automóveis pagassem nas auto-estradas conforme danificassem mais ou menos o pavimento. Também que o número de passageiros transportado fosse proporcional ao custo da portagem. Ora, no caso das motos nem estragam o pavimento nem transportam um grande número de passageiros. Porque devem pagar tanto como um automóvel ligeiro?
Quem souber que responda...

http://www.peticaopublica.com/?pi=P2012N18803

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Tinta anti-derrapante impõe-se

De carro é pouco notório quão escorregadia é a tinta das estradas quando molhadas. Se quiserem fazer pressão para que algo mude adiram a esta causa


domingo, 29 de janeiro de 2012

Escapes em aço acastanhados




Silampos e um pano é a maneira mais fácil para remover o tom amarelado dos escapes de uma Pan 1300 por exemplo... Estes tinham 50.000 km na altura.


sábado, 28 de janeiro de 2012

Este blog destina-se a promover e a ajudar de alguma forma o mototurismo, quer na vertente de estrada tal como o conhecemos, quer fora de estrada. Por isso, se quiserem contribuir para o engrandecimento desta apaixonante causa que são as motos, as motinhas e os motões serão sempre bem-vindos...